segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Depoimento de uma adolescente índigo
Tenho 16 anos. Minha mãe é atriz de teatro e meu pai é músico, então desde cedo fui estimulada a experimentar diversas formas de arte. Hoje sei que irei por esse caminho na minha profissão, trabalhando também com educação! Resumidamente, uma professora de artes.
Quando criança, até mais ou menos uns 7 anos, eu era muito agitada. Não parava quieta num só lugar. Sempre fui muito imaginativa, então inventava histórias e ficava contando e tagarelando por horas a fio. Meus pais gostavam de desenvolver esse meu lado criativo, mas ficavam cansados em lidar com a minha energia inacabável. Me chamavam de duracel, 220, espoleta, mosquito elétrico... Um bando de coisa! Gostava muito de falar com qualquer um. Sempre parava alguém na rua pra conversar. Eu sempre gostei de conversar com policiais e mendigos. Os policiais não levavam nada a sério do que eu falava, e ficavam rindo. Os mendigos eram os melhores ouvintes, e tinham as melhores histórias.
Eu sempre vivi num mundo de fantasia. Agora já posso perceber de que muitas coisas que ocorriam comigo não era uma fantasia, e sim eventos psíquicos, espirituais. Minha mãe sempre foi aberta a isso, e me ensinou muitas coisas. Escutava com ela discos de meditação do Brian Weiss e tinha algumas projeções pro plano astral, ela jogava tarô e me contava histórias sobre as sociedades matriarcais e sobre as deusas. Sempre fui fascinada com as deusas, foi por isso que acabei adotando o Paganismo como a minha religião.
Minha mãe contou-me recentemente que minha avó ficava preocupada com meu comportamento. Ficava com medo de que eu tivesse meio que algum "problema", por ser agitada demais, imaginativa demais... Também por conta do meu sonambulismo. Minha mãe sofria de epilepsia, e achou que eu tava indo pra esse caminho, mas nunca tive um ataque ou coisa parecida. Mas meus pais nunca ligaram pra isso. Eu provavelmente me encaixaria nesses negócios de DDA, TDAH, e esses AHDAHTDTH todos, mas me tratam como um ser vivo normal. Que bom, né?
Seeeeempre fui muito distraída, avoada, esquecida. Tenho problemas sérios com a escola. Nunca fui muito rebelde, mas com a escola... Em vez de prestar atenção nas aulas, fico indignada pensando "caramba, tá tudo errado... Por que tem que ser assim?!" e pensamentos parecidos. Na verdade, eu adoro aprender, o problema é quando tem prova. Odeio provas mais do que qualquer coisa. Acho irritante e injusto limitar capacidades isoladas de um ser humano em números de zero a dez. A escola não estimula o prazer de aprender, não estimula as capacidades do aluno, mas o obriga de um modo extremamente quadrado a adequar-se a um sistema competitivo. Por isso que decidi ser professora. Sei lá se conseguirei mudar isso... Mas não custa tentar, né?.
Eu tenho problemas sérios com auto-estima e culpa. Por exemplo, enquanto escrevo esse texto, fico pensando o que você acharia dele, como está chato ou coisas parecidas. Ando fazendo terapia pra tratar isso, pois é uma questão que me remete à infância, e não está resolvida até hoje.
Tinha diversos amigos imaginários (ou nem eram tão imaginários assim!) e via alguns elementais, como fadas, duendes e outros seres. Eu sempre fui tratada como a estranha, a esquisita. Mudei de escola quando tinha uns 9 anos, e as crianças de lá ficavam assustadas com meus interesses e assuntos. Minha cantora preferida era a Björk, gostava de alienígenas, bruxas, fadas, idade média e rock gótico. Contestava fortemente as aulas de religião (a minha escola é católica, daquelas em que o diretor é um padre), e dizia que eu acreditava em uma deusa chamada Nu-Kua. Nu-Kua é uma deusa anciã chinesa, mas era óbvio que iriam caçoar do nome dela, ahah!
Quando esse tipo de coisa acontecia, eu matava aula na capela, e ficava conversando com o crucifixo que tinha lá. Perguntava se era errado acreditar em vários deuses, e se Jesus me perdoava por causa disso. Quem me colocou toda essa neurose de Deus não foram meus pais, e sim a própria escola. Percebi isso naquele momento e desde então passei a andar pelo caminho da Deusa. E considero Jesus atualmente um poderoso mestre que trouxe muita luz e compreensão ao nosso planeta.
Fui crescendo na escola com fama de esquisita, mas arranjei amigos incríveis e bem "esquisitos" também! =P Fui entrando num mundo mais underground, vamos dizer, e montamos juntos um grupo que atua em diversos campos na área da arte. Meu amigo criou, há uns 3 anos atrás um grupo de cinema, e hoje tem mais de 20 pessoas. Assistimos muitos filmes e gravamos os nossos próprios, criando o roteiro, editando e atuando. No futuro pretendemos criar uma república, do qual podemos desenvolver potencialidades artísticas livremente! Tomara que aconteça...
Hoje estou sendo estimulada pelos meus pais a desenvolver minhas potencialidades espirituais e artísticas. Tento vencer esse meu medo de "não consigo fazer", vergonha... e essas coisas todas. Pra combater isso, escrevi muitos poemas, e vendo na rua em forma de fanzines. Vendo camisas feitas à mão e bonecos que faço a partir dos meus próprios desenhos, estive há pouco tempo numa banda de rock, mas não demos certo e acabei saindo. Acabei conseguindo o papel principal na peça de teatro, voltei com meu namorado, hahaha... O namorado não tem muito haver com a questão, mas... São fatores bons e positivos que andam ocorrendo, pois descobri como evitar o medo, reconhecer quem eu sou e expressar o que sinto. Isso é importante pra um índigo, não temer suas potencialidades, e estimulá-las como puder. Não ter medo do que os outros vão pensar, e sim sentir-se bem com o que faz.
A minha irmã tem 4 anos, e é uma criança cristal. Ela também é muito agitada, extremamente inteligente e possui um nível de mediunidade impressionante. Hoje minha boadrasta (a mãe dela) me contou que ela chegou e disse: "mamãe, quando eu tinha 4 anos, eu tive um irmão chamado Marcelo. Mas ele ficou muito doente e morreu. Hoje ele tá lá no céu, morando em outro 'praneta'". Provavelmente é uma memória que ela ainda tem de outras vidas. Às vezes ela consegue enxergar chakras, brinca com espíritos de crianças que já desencarnaram. Minha família é espírita, então eles tratam com muito carinho e compreensão. Frequento com eles um centro de umbanda, e adoro ir, assim como minha irmã!
Pedi depoimentos de pessoas que se identificam como crianças, adolescentes índigo e cristal e essa foi uma das mais legais que recebi e resolvi compartilhar com vocês. Com certeza alguém vai se identificar.
Abraço
Denise Fonseca
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Ola eu tambem sou indigo e me identifiquei com algumas cituações.
ResponderExcluireu gostaria de ter algum indigo que gostaria de conversar com alguem que entenda o outro então se algum indigo ver e quiser contato avisa que eu deixo o meu face aqui
Olá Denise :)Sou uma adolescente Índigo como vc e somos muito parecidas estou na fase da transição do índigo para o Cristal e estou me tratando como vc pois sinto muita vergonha e não tenho confiança em mim mesma .Mais vc me ajudou bastante muito obrigada .Como vc amo as artes e desde pequena tenho dons para:pintura , canto , dança ,teatro etc ....Te achei bem parecida comigo então saiba que a ti mando energias de muita paz e muita luz por de alguma forma ter me ajudado nesta caminhada .Obrigada
ResponderExcluircomo eu posso saber se sou índigo. Eu tenho 17 anos e sempre fico adivinhando as coisas,tenho dejavu de coisas que eu já tenho feito as vezes penso em coisas que ainda vão acontecer e odeio assistir filmes de terror, ficar perto de pessoas discutindo pq sinto os sentimentos que elas transmitem de medo raivatristez, e n gosto de mentir sempre falo a verdade e acabo me dando mal por falar a verdade eo que eu penso.
Excluireu sempre tive minha opinião. Desde quando eu era pequena ninguém precisou de me ensinar nada eu sempre soube e aprendi varias coisas por minha conta propiá, eu sempre me achei diferente das outras pessoas por saber desenhar bem quando era criança, gostar de ficar sozinha, inventar historias maluca e sem sentido, gostar de historias sobrenaturais, ficar tentando descobrir qual a minha missão.Eu sempre fui assim só que eu percebi isso depois de ter visto um vídeo da Márcia Fernandes sobre crianças índigo e acho que sou uma desse adolescentes que nasceram nos anos 90.
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